segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A Flâmula

Pressão em meus ouvidos, o ar diminuindo.
Declinando entre os caídos, a esperança vai sumindo.
Agora não há nada que se possa fazer.
Não há volta depois de acontecer.

Durma, durma em suas memórias
Aconchegada e protegida pela ignorância
Feche os olhos e fuja de nossas histórias
Viva satisfeita e perseguida pela relutância.

Tão insignificante.
Está dormindo profundamente nos confins da Terra.
Irá se levantar, avante!
Desprovido de sentido, acima sua sagaz ação erra!

Se arrastando pela lama fétida
Vermes carniceiros dançam à sua boca.
Preto-e-branca a haste de tua imagem cética.
A flâmula de tua lembrança louca.

As cores se misturam
Um pavilhão de horrores
Uma miríade de homens juram
Nunca ter enganado seus amores.

Se arrastando pela lama fétida
Vermes carniceiros dançam à sua boca.
Preto-e-branca a haste de tua imagem cética.
A flâmula de tua lembrança louca.

A flâmula de tua lembrança louca.
O último grito de minha voz rouca.

1 comentários:

O Mestre Walla disse...

Estranho, eu entendi, mas não consigo explicar...

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